CIÊNCIA E EDUCAÇÃO:
Poluição nas redes sociais e educação

Por Ecologia na Rede. Salvador, 08 de junho de 2019.
Educação informal e notícias
A educação das pessoas pode ocorrer em diversos ambientes, como nas escolas e universidades (educação formal), em projetos educativos desenvolvidos fora dessas instituições (educação não formal) e ao longo da vida através de experiências pessoais, que envolvem, por exemplo, o acesso a notícias (educação informal) [1; 2]. De fato, mais do que a obtenção de novas informações sobre o mundo, o acesso aos produtos do jornalismo pode contribuir, em alguma medida, na formação da opinião e dos valores das pessoas e para alterar seu comportamento.
Até alguns anos atrás, a produção em massa de notícias era monopólio de organizações jornalísticas e sua veiculação usava apenas as mídias tradicionais, como as revistas e os jornais impressos, o rádio e a TV. Com o advento da internet, dos smartphones e das redes sociais, como Twitter, Youtube, Instagram, Facebook e Reddit, estabeleceu-se um padrão mais veloz de veiculação e disseminação de notícias produzidas pelas organizações jornalísticas: as notícias jornalísticas produzidas são imediatamente postadas na internet (não há mais a necessidade de aguardar o horário da impressão do jornal diário, por exemplo), e imediatamente são lidas e compartilhada nas redes sociais. Além disso, essa nova organização das redes de comunicação gerou outro fenômeno importante: cada um dos componentes dessas redes interconectadas não apenas filtra, com base em critérios pessoais, quais notícias compartilha, mas é também capaz de produzir e divulgar seu próprio material. Essa possibilidade amplia exponencialmente a quantidade de textos, imagens e vídeos disponíveis para consumo nas redes sociais, reduzindo a centralidade das organizações jornalísticas no processo de educação informal das pessoas.
No Twitter, por exemplo, é possível encontrar muitos perfis de organizações científicas respeitáveis, como CNPq, NASA e ESA, envolvidas com atividades de comunicação pública da ciência a partir da produção e compartilhamento de informação de qualidade. Todo esse material pode ser acessado puxando o seu celular do bolso e com alguns toques na tela e contribui com uma educação informal de qualidade.
Isso porque organizações científicas respeitáveis, assim como organizações jornalísticas respeitáveis, possuem critérios rigorosos associados à qualidade das notícias e informações que divulgam. O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, por exemplo, estabelece o “compromisso fundamental do jornalista com a verdade dos fatos”, exigindo que seu trabalho se paute pela “precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação” [3]. As organizações científicas, por sua vez, comunicam conhecimentos produzidos a partir dos rígidos mecanismos de controle de qualidade da ciência, baseados na crítica pelos pares [4].
Entretanto, preocupações com a qualidade do material produzido não estão necessariamente na base das práticas adotadas por todos os membros das novas redes sociais. Como resultado, podemos observar o acúmulo de notícias imprecisas ou mesmo falsas (as chamadas fake news) no ambiente virtual.
Notícias e fakes news
As fake news são materiais informativos (p.ex., textos, imagens, vídeos) que, embora imitem na forma uma notícia verdadeira, são intencionalmente falsos, isto é, são propositalmente divulgados para transmitir uma falsa informação de modo a induzir quem as acessa ao erro. Como não se baseiam em fatos concretos do domínio público, sua falsidade pode ser verificada [5; 6; 7].
Fake news geralmente são observadas no contexto da política é muito comum afetarem figuras públicas. Recentemente, por exemplo, circulava uma falsa capa da revista britânica “The Economist” alegando que Lula seria o “ex-presidente mais corrupto do mundo” [8]. Outro caso diz respeito a Marina Silva na campanha eleitoral de 2018: circulavam notícias falsas de que seu marido teria se envolvido em problemas de desmatamento durante a época em que ela exercia a função de Ministra do Meio Ambiente [9]. Ainda é possível que organizações políticas e econômicas sejam afetadas. As eleições parlamentares da União Europeia são evidência disso visto que diversas páginas e perfis no Facebook vinham realizando a divulgação de informações falsas [10].
Contudo, as fake news não são um fenômeno recente, principalmente no campo da política. Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, o serviço de inteligência do governo britânico, por meio de transmissões de rádios, frequentemente difundia informações falsas a respeito do Partido Nazista a fim de afetar o moral das tropas alemãs e a confiança em seus líderes. Os próprios nazistas, por sua vez, tentaram estratégias semelhantes, afetando ingleses e americanos. Ambas as partes da guerra se davam ao trabalho de executar com perfeição a propagação de mentiras, delegando tais tarefas a falantes nativos que abandonaram sua pátria e a profissionais de imprensa, capazes de aplicar seu conhecimento especializado nessas missões [11].
No ambiente da internet, as fake news começaram a ganhar um grande destaque durante a campanha eleitoral americana de 2016, protagonizada pelo embate entre os candidatos Donald Trump e Hillary Clinton [7]. Curiosamente, foi da Macedônia que a maior parte do ruído surgiu: alguns adolescentes desse país descobriram que poderiam se beneficiar economicamente da publicação de notícias escandalosas (e falsas) sobre a eleição que ocorria nos EUA [12; 13]. Anúncios comerciais adicionados a sites pagam ao proprietário valores proporcionais ao número de acessos. Para conseguir mais acessos, esses jovens passaram a publicar notícias falsas e sensacionalistas em seus próprios sites e citá-las nas redes sociais. Eles eventualmente perceberam que um acesso realizado por um americano rende quatro vezes mais que outro realizado fora dos EUA e que, à época, fake news que beneficiavam Trump eram bem mais lucrativas que as que beneficiavam Hillary. Os lucros podiam chegar a três mil dólares por dia e o impacto das notícias era surpreendente. Após uma semana no ar, uma falsa notícia de que Hillary havia elogiado Trump teve 480.000 compartilhamentos. Na mesma época, após um mês de publicação, uma reportagem exclusiva do New York Times sobre a perda de um bilhão de dólares por Trump teve apenas 175.000 compartilhamentos [14].
As fake news não se restringem a processos eleitorais, diversos outros temas ou figuras podem ser afetadas.
O Papa, por exemplo, é constante alvo de ataques na forma da veiculação de fake news, como sua suposta iniciativa para criação de uma nova bíblia ou, ainda, na forma de fotos nas quais sua sombra possui aparência diabólica. Por essas e outras razões, um livro denominado “Fake Pope” foi publicado com o intuito de apresentar e desmentir as principais fake news que atingem o Papa [15].
No Brasil, com a eliminação da seleção brasileira durante as quartas de final da Copa do Mundo de 2018, uma recorrente fake news voltou a circular na internet, alegando a “compra” do evento a fim de garantir o sexto título mundial para o Brasil na edição de 2022, bem como a oportunidade de sediar o mundial em 2046 [16].
Na Índia, um vídeo de uma criança sendo sequestrada por um motociclista foi divulgado como verdadeiro. Contudo, tratava-se da edição de um material de cunho informativo produzido no Paquistão, que visava promover um alerta sobre o sequestro de crianças. Sua disseminação pelo Whatsapp na Índia coincidiu com a divulgação errônea, pelas emissoras locais, de que cinco mil sequestradores de crianças haviam entrado no País. Os resultados foram dramáticos, com uma série de linchamentos de inocentes [17].
Outro exemplo de fake news com decorrências dramáticas são as notícias alegando que vacinas fazem mal para saúde, agora comuns em vídeos que circulam na internet. Não só esse, como outros tópicos relativos a saúde humana, são afetados por fake news, gerando assim, um potencial problema para saúde pública. Para tentar minimizar os efeitos dessas notícias, o Ministério da Saúde no Brasil a criou um canal no WhatsApp denominado “Saúde sem fake news” que se dedica exclusivamente à revisão de notícias virais, repassando o resultado de suas análises para os seus assinantes [18].
Como explicar as fake news?
Como fica claro pelos exemplos acima, aqueles que produzem fake news usualmente têm interesses específicos nos resultados de sua veiculação, como fragilização do oponente numa guerra, obtenção de vantagens econômicas, difamação de um oponente, enviesamento do debate político, desqualificação de um valor social etc. Muitas vezes também os interessados na ampla divulgação de fake news utilizam recursos automatizados de disseminação (como robôs, conhecidos como bots), serviços de venda de perfis falsos ou roubados nas redes etc. Por exemplo, a chamada Internet Research Agency (IRA), entidade situada no Kremlin, Rússia, se dedica à poluição do ambiente virtual por meio de milhões de perfis em redes sociais como o Twitter, que conseguem milhares de seguidores e geralmente disseminam mensagens de ódio associadas a notícias falsas, influenciando a política de diversos países no mundo. A China é um outro exemplo, com exércitos de bots e comentaristas afetando a política de cerca de 65 nações e com objetivos similares ao do primeiro caso [19].
Mas quais motivos levam os membros de carne e osso das redes sociais a repercutir e compartilhar amplamente essas notícias falsas?
Como afirma um estudo publicado na revista Nature Human Behavior, parte do problema da massificação das fake news deriva de nossa dificuldade em julgar se uma afirmação factual disponível, entre as inúmeras disponíveis na rede, tem ou não suporte na melhor evidência disponível no domínio público [20]. Os autores argumentam que a excessiva carga de informações e a atenção limitada levam a um baixo poder discriminativo, de modo que torna-se muito difícil filtrar as notícias. Uma tentativa comum de contornar o problema é adotar, mesmo que tacitamente, critérios práticos e intuitivos para avaliar a informação, mas isso não é garantia de sucesso: como aponta um outro estudo, muitos estudantes jovens comumente julgam a credibilidade de uma matéria em função dos seus detalhes e imagens mas, ainda assim, não conseguem distinguir o que é fato do que é fake [21; 22].
Além disso, estudos da área de psicologia política afirmam que o modo como as pessoas processam as informações disponíveis varia com o contexto [23; 24; 25]. No caso de temas considerados mais neutros e não associados a uma grande polarização social, tendemos a avaliar todas as evidências disponíveis (isto é, as afirmações factuais públicas) de modo racional, aceitando as afirmações com suporte e descartando aquelas sem suporte, com vistas a chegar a uma conclusão precisa. Contudo, em temas políticos associados a contextos de grande polarização entre as elites partidária e em temas que representam uma ameaça à identidade pessoal, por exemplo, as pessoas tendem a adotar o que é conhecido como “raciocínio motivado”. Nele, a pessoa não intenciona chegar a uma conclusão precisa com base nas evidências: busca reforçar sua posição prévia a partir da busca e retenção seletiva das afirmações factuais públicas simpáticas a essa posição, ainda que sejam afirmações sem suporte na melhor evidência do domínio público. Nesses contextos, rumores (afirmações não verificadas que ocorrem em contextos de ambiguidade ou perigo) e teorias da conspiração (afirmações falsas ou não baseadas no melhor conhecimento público sobre maquinações de pessoas poderosas que querem esconder sua influência) passam a ser usadas para reforçar percepções errôneas sobre o mundo [23; 24; 25]. Como resultado, a pessoa com raciocínio motivado tem uma percepção errônea dos fatos, mas usualmente possuem um alto grau de certeza sobre essa percepção sob argumento de estarem bem informadas sobre o tema. [26].
Como podemos observar, a origem e veiculação das fake news podem ter uma diversidade de causas e efeitos. Por serem cada vez mais comuns, não é de impressionar o crescente interesse da ciência e da sociedade como um todo nesse fenômeno. Mas quais estratégias e ações podem ser adotadas para combatê-las?
Tecnologia, formação e ação responsável
Há várias estratégias possíveis para se enfrentar o problema das fake news nas redes sociais, que vão do desenvolvimento de ferramentas de informática capazes de detectá-las de modo automatizado até a mudança de comportamento pessoal, passando pela formação das pessoas.
Poderíamos começar resgatando uma medida mais braçal, que vem prestando um serviço essencial no combate as fake news: a checagem de fatos (fact-checking) praticada por agências especializadas. Ela consiste na verificação de notícias virais, qualificando-as como falsas ou verdadeiras. Desde a década de 90 existe registro dessa atividade, havendo atualmente cerca de 161 agências ao redor do mundo, sendo 9 brasileiras [27].
Por outro lado, é possível se valer de vias mais sofisticadas, isto é, aplicações de software automatizadas (outros tipos de bots), capazes de realizar uma diversidade de tarefas e servir a diferentes propósitos na internet. No Twitter, por exemplo, podem comentar, retwitar, seguir outros perfis, etc. Resgatando o que comentamos anteriormente, podem ser empregados para disseminar mensagens de ódio e alavancar perfis capazes de exercer influência na opinião política. Entretanto, também podem servir a uma boa finalidade, como identificar outros bots (usados de maneira maliciosa) ou fake news. Também existem pesquisas promissoras revelando como o ‘aprendizado de máquina’ consegue, com grande sucesso, nos ajudar contra falsas notícias. No fim das contas, a automatização e a inteligência artificial podem expandir nosso horizonte de soluções, nos possibilitando resolver problemas modernos de maneiras modernas [28; 29; 30].
A importância dos cientistas precisa ser considerada no combate as fake news, pois eles produzem conhecimento de qualidade em função de seu treinamento particular e do sistema social de crítica presente nas comunidades científicas, então, o conhecimento que produzem tende a ser qualificado. Assim, notícias advindas de boas fontes científicas, assim como aquelas advindas de boas fontes jornalísticas, deveriam ser percebidas como fontes confiáveis de informações públicas.
Uma outra estratégia tem a ver com a formação de estudantes nas escolas e universidades aptos a capacitarem o restante da sociedade para distinguir notícias verdadeiras de notícias falsas. A própria geração atual de professores também pode desempenhar um papel relevante nessa tarefa, seja indiretamente (formando os futuros profissionais capazes de lidar com o problema em questão) e diretamente (participação em projetos populares e colaborativos). Nesse contexto, faz sentido resgatar o conceito de “alfabetização em informação” (information literacy), que está relacionado com o desenvolvimento de habilidades para a descoberta de informação, para a compreensão sobre como ela foi produzida e avaliada, usá-la para criar conhecimentos e participar, de forma ética, das comunidades de aprendizagem. Assim, uma educação voltada para a alfabetização em informação representa uma ferramenta para educar as pessoas a continuarem se educando de modo qualificado ao longo de suas vidas [31].
A mudança do próprio comportamento nas redes sociais da internet também é fundamental. É possível fazer leituras mais cautelosas antes de curtir ou compartilhar qualquer publicação, isto é, prestar atenção à fonte, checar se a informação realmente foi gerada nela [32; 33; 34]. Muitos brasileiros assinam planos de telefonia celular que dão acesso gratuito ao WhatsApp mas possuem pacote restrito de dados. Isso impede que o assinante realize pesquisas no navegador para aferir a qualidade das notícias recebidas pela rede social [35]. Nessas situações, o ideal é evitar o compartilhamento das notícias recebidas, pois nessa situação não há garantia de sua credibilidade.
Além disso, deixar de seguir pessoas ou excluir amigos porque possuem posições políticas e valores diferentes também é pouco saudável: com isso acabamos limitando nosso ‘feed de notícias’ somente às fontes simpáticas aos nossos valores, o que pode nos tornar menos críticos e mais fechados ao diálogo. Por mais que você admire uma figura pública, seja um presidente, atleta ou ator, é interessante checar o que compartilham com você: todos somos suscetíveis a erros e, em algum momento, podemos espalhar fake news. Assim como procuramos agir eticamente fora das redes sociais, também precisamos nos vigiar no espaço virtual, conscientes de que somos responsáveis pelas informações que repassamos [36; 37].
Da poluição do ambiente natural para poluição do ambiente digital
A revolução industrial, ocorrida na Europa e nos Estados Unidos entre a metade do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, mudou profundamente os modos de produção de bens a partir da mecanização industrial. Ela, por um lado, permitiu um aumento sem precedentes do padrão de vida das pessoas. Por outro lado, foi responsável pelo aumento também sem precedentes na poluição do ar e dos rios nos centros industriais. Cerca de 100 anos depois, com a boom econômico e a revolução dos modos de produção agrícola que se seguiram à segunda grande guerra, houve um aumento ainda maior dos impactos ambientais derivados das ações humanas. A percepção de que esses impactos afetam a qualidade de vida das pessoas em função, por exemplo da contaminação dos alimentos por agrotóxicos, acabou por desencadear um movimento ambientalista de escala global que contribuiu para a criação de acordos internacionais e leis voltadas à proteção ambiental e para a mudança dos hábitos das pessoas.
A revolução digital se iniciou em meados do século passado e o advento da internet resultaram em um ambiente virtual que, hoje, é acessado por 2/3 da população humana [38]. Assim como acontece com o ambiente real, a boa qualidade do ambiente virtual é essencial para a boa qualidade de nossas vidas. Contudo, assim como o padrão de desenvolvimento humano polui o ambiente real a ponto de comprometer nossa qualidade de vida, a contaminação do recém-criado ambiente virtual com fake news também gera danos sociais ao contribuir com a deterioração das relações de confiança entre usuários e informação disponível online [39, 40]. Para que isso não aconteça, é importante que as pessoas de bem que usam o ambiente virtual evitem poluí-lo através da disseminação de fake news.
É preciso perceber que o combate às fake news não é obrigação de alguns poucos atores sociais: não deve se restringir aos jornalistas, cientistas e divulgadores científicos. Quando as notícias falsas se fazem presentes em todas as escalas, afetando e fazendo parte do cotidiano de muitos outros atores, é importante o esforço para que toda a sociedade seja capaz de identificá-las e buscar por fontes de informação mais rigorosas.
Rios urbanos, praias e florestas vêm sendo degradadas e perdidas gradualmente. Em um determinado momento é difícil, ou até mesmo impossível, reverter o dano: não podemos fazer nada mais que aceitar o fato de que erramos, restando-nos apenas a possibilidade de refletir acerca de nossas decisões (individuais e coletivas) de modo a atingir maior maturidade para evitar que o mesmo se repita em outros sistemas que têm grande valor para a sociedade.
Contribuir com o agravamento da poluição do ambiente virtual é, portanto, aguardar por algo que já temos experienciado em outro contexto e que sempre gera perdas importantes. As redes sociais podem representar um espaço intuitivo e benéfico na medida em que permite a interação entre pessoas e culturas, o compartilhamento de valores, opiniões e conhecimento. Poluí-lo pelo compartilhamento de fake news pode torná-las um espaço que pode conter tudo, menos tais benefícios.
Fontes:
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[9] Marido de Marina Silva não extraiu madeira ilegalmente em 2003 como sugere meme. Comprova. 2018-08-28. Disponível em: <https://projetocomprova.com.br/post/re_2B5W8XZOkk4Z>
[10] Wakka W. Divulgação de fake news na Europa sobe diante de eleição parlamentar da UE. Canaltech. 22 de Maio de 2019. Disponível em: <https://canaltech.com.br/redes-sociais/divulgacao-de-fake-news-na-europa-sobe-diante-de-eleicao-parlamentar-da-ue-139821/>
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[12] Netto A. Macedônia, uma usina mundial de fake news. 16 de junho de 2018. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica/macedonia-uma-usina-mundial-de-fake-news/>
[13] Kirby E. J. The city getting rich from fake news. 5 December 2016. Disponível: <https://www.bbc.com/news/magazine-38168281>.
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[15] Tardáguila C. 'Fake Papa': nem mesmo o Pontífice está livre da praga das notícias falsas. Época. 28 Mar 2018. Disponível em: <https://epoca.globo.com/Analise/noticia/2018/05/fake-papa-nem-mesmo-o-pontifice-esta-livre-da-praga-das-noticias-falsas.html>
[16] Fake news sobre a Copa, 'o escândalo que todo mundo suspeitava' está de volta. Folha de São Paulo, 9 .jul .2018 .Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2018/07/fake-news-sobre-a-copa-o-escandalo-que-todo-mundo-suspeitava-esta-de-volta.shtml>
[17] Onda de nacionalismo está por trás de fake news na Índia, mostra pesquisa inédita da BBC. BBC. 12 Novembro 2018. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-46183531>
[18] Saúde sem fake news: vacina faz mal. Portal Ministerio da Saude. 30 de Janeiro de 2019. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/fakenews/45153-vacina-faz-mal-fake-news>
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